Uma menina desperta com seu quarto cheio de folhas negras que caem do teto.
Passeia pelas ruas sob a sombra de um grande peixe que flutua sobre ela.
Se imagina dentro de uma garrafa em uma paisagem esquecida.
Se auto-retrata sem saber se é mesmo ela.
Coisas bonitas passam a seu lado sem que ela consiga perceber-las.
Tudo parece não ter razão de ser.
Regresa ao seu quarto e encontra uma pequena planta vermelha, que cresce e cresce diante de sua precença.
Sequencia de paisagens imaginadas, inspiradas por sentimentos que as crianças, pouco contaminadas pelo que chamamos linguagem, explicam por metáforas: monstros, tempestade, arco-iris, vermelho. The Red Tree é uma história escrita e ilustrada pelo (super)artista australiano Shaun Tan (http://www.shauntan.net/), que aceita os inevitáveis sentimentos negativos, sempre moderados pela esperança. Fantástico, ele parte de um imaginário infantil para criar ilustrações delicadas, que representam sentimentos intensos. É desses livros que justificam o ser-livro: feito pra tocar, folhear e desfolhear.
*Música: My Darling, de Wilco. “Come back to sleep now, my darling… so, please, don’t you grow up too fast.”
1 comentario:
Luv u!
Bj.
Clau.
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